terça-feira, 5 de abril de 2011

Desconexo e confuso... Assim, como se não fosse...

Eu não sei por que eu caminho pela contramão.
Por que me embriago até vomitar meus lençóis.
Por que tomo pílulas em punhados.
Eu não sei por que vejo a dor salta pelos riscos que faço sobre os pulsos,
E permaneço aqui estático, parado.
Eu não sei por que ainda choro sob a chuva.
Por que ainda rezo pra que um desses raios caia serenamente sobre mim.

Eu não sei por que rasguei todas as cartas.
Por que acordo procurando os cigarros.
Por que o frio transformou em pedra tudo que carrego dentro do peito.
Por que me tranquei no quarto todos esses dias.
Por que estou deixando minha alma s u f o c a r?

Por quê? Eu não sei...

Caminho e me perco atrás de sentido,
afago, prazer, ou a mais simples esperança.
Por muito tempo pensei que precisasse apenas de um abraço.
Sem saber que já era dormente.
E em noites tristes e chuvosas como essa,
Onde não mais faz sentido,
Tudo que as vozes me dizem é:

“Não morra Raphael, não morra!”

Um comentário:

  1. Adorei o texto Raphael, Tão cheio de sentimento.
    A princípio o título foi o que me chamou atenção, por ser o nome do meu blog, mas enquanto lia , fui me prendendo completamente a cada palavra.
    Tô seguindo, segue o meu tbm .bjo ;*
    http://desconexoeconfuso.blogspot.com/

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