segunda-feira, 26 de julho de 2010

Proibida a entrada de ilusões!

Vi rosas e lírios em jardins onde cultivavas espinhos e serpentes.
Vi estrelas na infinita escuridão do céu.
Vi dias alegres de sol, em plenas noites tristes de inverno.
Sentia tua boca me beijar a cada comprimido que engoli durante a madrugada.
Ouvi uma oração nas suas blasfêmias.

Senti paz durante toda aquela tempestade.
Vi luz na frieza dos teus olhos.
Vi beleza no teu sorriso que me iludia.
Senti a ternura do teu abraço daninho.
Senti a doçura de um sonho enquanto a realidade me apunhalava.

Vi o amor onde não existia nada.

Meu amor, pela última vez entenda, não é sua culpa a minha projeção.




sábado, 10 de julho de 2010


Era inevitável,
uma hora ou outra o meu sangue ai escorrer...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Às vezes sinto falta da ilha.
Às vezes penso em abandonar tudo, e voltar pra mim.
Voltar para o velho apartamento,
Rever as tardes morrerem, com o Ron enterrado na areia.

Mas dessa vez eu iria gritar mais alto,
Correria e roubaria o tesouro das mãos dos piratas loucos.
Não deixaria derrubarem nenhuma gota do meu sangue.
E decretaria ao mundo que eu sou o deus de mim.

Por Deus, essa maldita esperança de reviver, deixou meu coração cansado.
Tão cansado quanto aquelas noites que por milagre consegui sobreviver.
Queria que você pudesse ver meus olhos sangrarem após lutar contra mim mesmo.
Agora não resta nada além do vazio e o cansaço.
O cansaço que me permitiu segurar o revólver.

Por alguns instantes quis poder fechar os olhos e não pensar.