segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Para ele que, de anjo, não tem nem as asas.

Ela me contou que ele a chama de "amor",
ela o chama de "meu bem".
E era pra ser só no feriado. Mas ainda estão.
Ela me conta, meio cantando meio sorrindo,
que ele não é tudo, mas é tanto!...
E não a enjoa.
Nem o gosto de cigarro,
nem o cheiro leve do passado,
nem a barba que arranha,
nem o cabelo enrolado.
Nem o jeito de falar arrastado,
nem a tristeza estranha,
nem a voz mansa,
nem se ressona quando é acalentado.
Nada nele lhe cansa.
Até a melancolia dele parece sorriso
e ela gosta de carregar no rosto.
E ela não palpita até quando vai durar.
Até que eles não possam mais com tanto peso,
tanto sentimento, tanto medo?
Ela não arrisca dizer datas. Nem ele.
Dizem que é pra ser até quando não for mais.


Esse texto foi um presente, mas não sei se ela vai querer os devidos créditos. Essa é minha forma de dizer obrigado.
E de anjo realmente, não tenho nem as asas...
Perdoe-me por isso.
Beijo em ti.

Saudade,
Raphael

E você?

Veja mais : http://www.beforeidieiwantto.org/usa_other.html



terça-feira, 16 de novembro de 2010

...

O mais difícil em toda essa história
Foi disfarçar os sentimentos que se escondem
no fundo dos olhos.
Escondi.
E chorei pelo medo que senti.
O medo de me findar
numa dessas tardes chuvosas,
Tardes perdidas em meio a pensamentos e cigarros.
Enquanto tu me esqueces.
Enquanto eu me firo.
Enquanto com um olhar, por inteira,
ainda te devoro.
Enquanto tento malditamente disfarçar
esses sentimentos que se escondem
no fundo dos meus olhos.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

...

Tenho me mantido ocupado com trabalho, amigos, vinho e poesia.
Quanto ao amor?
Não me pergunte.
Eu não sei o que ele quer de mim.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quando não consigo, ele fala por mim...

"E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também. Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada. Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem? Sem que se consiga controlar".


Caio F.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Hoje não

Estou bem.
Sinto-me.
Ainda vivo.
Todos os dias têm sido assim.
Acordo, olho no espelho e
Falo àquele reflexo
com os cabelos desarrumados e olhos tristes:

- Calma, ainda não vai ser hoje que eu vou te matar!