quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sobre a Chuva

Sóbrios,
Sob o mesmo guarda-chuva.
Suas bocas dividem sorrisos, beijos e mentiras.
Seguem
sem perceber que caminham em direção ao precipício.

Ébrio,
Sob essa chuva,
sinto na boca só o sabor de vodka,
Sigo,
observando a loucura desses amantes.

Seguimos;
Eles sempre desejando a beira.
Eu,
sempre contemplando o abismo.
Que no fim do tempo,
Inevitavelmente encontraremos.

No qual eu vou cair sem me importar...
Sem lembrar...
Sem perceber...
Sem sentir...
que todas essas almas caminham sob essa mesma chuva.
Condenadas a mesma solidão.

- Caia chuva!

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